Esta é a segunda eleição que o PSB está disputando sem Eduardo Campos no comando. Em 2014, o partido conquistou os governos de Pernambuco (Paulo Câmara), Paraíba (Ricardo Coutinho) e Brasília (Rodrigo Rollemberg). Agora, Rollemberg caminha para uma derrota fragorosa (foi um péssimo governador), Câmara caminha para a reeleição e Coutinho deve eleger o sucessor (João Azevedo). O partido vai reconquistar o governo do Espírito Santo (Renato Casagrande) e se tivesse mais duas semanas de campanha poderia marcar um tento histórico: ganhar o governo de São Paulo. O governador e candidato à reeleição, Márcio França, assiste de camarote à briga fratricida entre João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB) e está comendo os dois pelas beiradas, como se diz no Nordeste. No Datafolha de anteontem, ele chegou a 16% de intenções de votos, ao passo que seus dois adversários têm pouco mais de 20%. França fez uma campanha de alto nível, é um político absolutamente limpo, até prova em contrário, e entrou no ritmo de crescimento nos últimos 15 dias. São Paulo costuma revelar surpresas em eleições. Foi assim na vitória de Erundina contra Maluf em 1985 e na de João Doria contra Fernando Haddad em 2016. Quem sabe amanhã não decida fazer uma grande virada.