Do Uol – “Lula e Alckmin lá”. O bordão da campanha de 1989 do ex-presidente da República ganhou ontem a companhia do antigo adversário, Geraldo Alckmin, no dia em que o PSB, a nova casa do ex-tucano, oficializou o apoio à pré-candidatura do petista ao Planalto.
A posição foi marcada na noite desta quinta-feira (28) no XV Congresso Constituinte da Autorreforma do PSB, iniciado com quase uma hora de atraso em um hotel em Brasília.
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Lula foi ovacionado ao chegar. “Seja muito bem-vindo, presidente Lula, ao Partido Socialista Brasileiro”, saudou o presidente da legenda, Carlos Siqueira. “Haveremos de vencer este governo nefasto nas próximas eleições”, completou. Agora filiado ao PSB, Alckmin será o vice da chapa.
Siqueira disse que o partido pretende apresentar propostas ao comitê de campanha da chapa Lula-Alckmin: “A contribuição eleitoral é muito importante, mas é igualmente importante a contribuição que o partido possa dar nesse momento”.
Após a fala inicial de Siqueira, o congresso contou com um ato em homenagem aos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922. “Lula e Alckmin lá”, disse Antônio Carlos Queiroz, um dos convidados a palestrar no evento do partido, que se estende até sábado (30).
Também estiveram presentes os governadores Renato Casagrande (ES), João Azevedo (PB), Paulo Câmara (PE), Carlos Brandão (MA), além do prefeito de Recife, João Campos, e o líder do partido na Câmara, deputado Bira do Pindaré. Entre os petistas, compareceram a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), o líder do partido na Câmara, deputado federal Reginaldo Lopes (MG), e o líder no Senado, Paulo Rocha (PA).
A aliança entre Lula e Alckmin, que até pouco tempo atrás era considerada improvável, vem sendo desenhada desde o segundo semestre de 2021. Mas a indicação do ex-governador e ex-adversário do petista foi entregue oficialmente pelo diretório nacional do PSB em um evento em São Paulo no dia 8 de abril, com a presença dos dois. No último dia 13, o diretório nacional do PT aprovou a coligação com o PSB e a indicação a vice na chapa presidencial. Na ocasião, além da aliança, também foi aprovada a federação com o PCdoB e o PV.