A cúpula do PSB foi mais implacável com os deputados rebeldes, dez ao todo, do que se previa. Apurei que a tendência dos que tiveram direito a voto era suavizar a pena, com apenas uma advertência. Estava no caminho errado.
Foram muito mais além: expulsaram um dos infiéis e suspenderam por um ano o mandato dos nove restantes. Na prática, nenhum deles ficará com autonomia para parlamentar, sua missão congressual dada pelo povo nas urnas. Ficam sem autoridade para ocupar comissões, falar em plenário em nome do PSB e serem indicados pelo líder Tadeu Alencar para qualquer relatoria em comissões na Casa.
Vai adiantar ficar no partido? De jeito nenhum, mas os nove estão no mato sem cachorro, se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. Resumo da ópera: cortaram as pernas dos que se julgavam independentes e não queriam bater continência para o comando partidário.
Nesta votação, até o prefeito Geraldo Júlio, que chegou a afirmar que ninguém seria expulso, teve um choque de realidade diante da recomendação do Conselho de Ética.
Dentre os nove deputados que tiveram seus mandatos suspensos por um ano, o pernambucano Felipe Carreras é o que sai mais atingido. De nada adiantaram as solidariedades expressas de tantos pesos pesados do partido, implorando para que não sofresse nenhum tipo de punição. Como ficará Felipe, é a pergunta que será mais ouvida a partir de agora. (Magno Martins)