A reforma da Previdência já foi suavizada em vários pontos e mesmo assim ninguém sabe se o governo vai conseguir aprová-la. De qualquer forma, uma coisa é certa: o texto não é uma solução definitiva para o aumento dos gastos do país com aposentadorias e pensões. “Não é uma reforma só e acaba. O Brasil está fazendo o que vários países fizeram: ajustes progressivos. Já tem um encontro marcado dessa questão com o próximo governo”, diz Paulo Tafner, técnico aposentado do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que estuda Previdência há décadas.
Ele calcula que a economia fiscal com o novo texto, comparado com o original, será 23% menor nos primeiros 10 anos e 32% menor em 20 anos. “Se esse foi o custo para aprovar, está bom. Vamos ter pressão fiscal e aumento da carga tributária para estabilizar a relação dívida/PIB, mas sinaliza ao mercado que estamos no caminho certo e dá um tempo para que um novo presidente carregado de legitimidade faça outros ajustes”, diz Tafner.
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