Por: Nathália Monte/Diário de Pernambuco – Os ânimos no segundo turno para a vaga de primeira governadora de Pernambuco estão bastante acirrados. Sem economizar na troca de farpas, as candidatas Raquel Lyra (PSDB) e Marília Arraes (SD), expuseram o que pensam para melhorar o cenário estadual e tentaram se distanciar da imagem do governador Paulo Câmara (PSB) no debate realizado hoje pela Rádio Jornal.
A ex-prefeita de Caruaru reforçou o discurso de que deseja “unir Pernambuco” e destacou ações realizadas no município, sua vitrine. “Construímos mais de 5 mil vagas de creche e educação infantil. E lá a gente serve 5 refeições por dia, a criança já sai limpinha, tomada banho, para chegar em casa e só receber o carinho da mãe. A gente compra comida da agricultura familiar, dos pequenos produtores rurais que a gente ajudou também com semente, aração de terras, silagem e, com isso, a gente consegue garantir no prato da criança na creche aquilo que ela talvez não tenha em casa. É assim que a gente quer fazer em Pernambuco também”, disse.
Marília, por sua vez, que atualmente é a candidata de Lula no estado, frisou várias vezes que “Pernambuco não é uma ilha”, no esforço de mostrar ao eleitorado que, caso o presidenciável volte ao Palácio do Planalto, sua gestão estará alinhada ao do líder petista. A falta de diálogo entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o atual chefe do executivo estadual já foi criticada pela neta de Arraes.
Entre as propostas do seu programa de governo, Marília ressaltou a “Restaurar”. “Vamos investir R$ 700 milhões com o Programa Restaurar para investir na saúde do Estado, como, por exemplo, com a criação das 13 Casas da Mulher Pernambucana, para atender a saúde e cidadania da mulher”. explicou. Ainda sobre planos específicos para esse público, caso eleita, a ex-petista quer disponibilizar uma linha de crédito específica para as mulheres. Ainda sobre como melhorar o ambiente de negócios no estado, Marília voltou a falar sobre “rever as questões tributárias”.
Nesse tópico, Raquel relembrou sua ideia com o ‘Bora Empreender!’. “Acesso a crédito desburocratizado para quem quer abrir o seu próprio negócio. Vamos qualificar, fora da escola, o cidadão e a cidadã, inclusive aqueles de 40 a 50 anos que perderam o emprego e não sabem como voltar”, garantiu.
