Dois movimentos do PT balançaram o PSB: a publicação da resolução em que os petistas admitem entregar a vice na chapa presidencial à legenda e as intensas negociações pelo veto à candidatura de Marília Arraes (PT) ao governo de PE.
Pelo apoio do PSB na esfera nacional, o PT promete rifar a candidatura de Arraes, que hoje é a adversária mais poderosa e competitiva do governador Paulo Câmara (PSB). Ele tenta a reeleição.
Integrantes do PSB dizem que a tese de uma aliança nacional com o PT ganhou alguma força –percepção compartilhada até pelos que não aprovam a união. Ala numerosa, porém, ainda defende a neutralidade. Um terceiro grupo quer fechar com Ciro Gomes.
O PSB aprovou resolução que define como será a divisão do fundo eleitoral. Dos R$ 118,7 milhões que o partido dispõe, 55% (R$ 45,7 milhões) serão destinados ao financiamento de candidaturas proporcionais e 45% (R$ 37,4 milhões) aos candidatos majoritários.
Para o dinheiro ser suficiente, a sigla vai reduzir o número de candidaturas. Há 11 postulantes a governador. O PSB tentará chegar a oito. (Daniela Lima – Painel – Folha de S.Paulo)