A promessa de Paulo Câmara (PSB) de dobrar o salário dos professores ainda não foi concretizada. Mas a ordem de afastamento dos primeiros 15 professores que aderiram ao movimento grevista aconteceuem uma realidade não tão longe. Uma das educadoras a sentir na pele a decisão do socialista foi Mônica Lopes, lotada na Escola Técnica de Limoeiro.
Nesta segunda (20), a servidora recebeu um comunicado oficial assinado pelo Diretor Executivo do Programa Integral de Educação, Paulo Dutra, informando seu afastamento das atividades e, consequentemente, retorno à Gerência Regional de Educação (GRE). Na nota, o diretor não externa nenhuma justificativa administrativa ou pedagógica para o pedido de afastamento. Há informações de que alunos da ETE Limoeiro estão organizando um movimento contra a decisão da secretaria estadual de Educação. Nas redes sociais, a decisão do governador foi classificada como “ditadura”.
“Estou chocada, paralisada, indignada e chorando, mesmo sabendo que minhas lágrimas não ajudarão minha amiga Mônica Lopes neste momento. Acabei de saber que esta competente professora, da ETE de Limoeiro, foi afastada da escola por ter aderido à greve.Isso é um retrocesso na democracia de um Estado. Quer dizer que, além de um salário incompatível ao nosso trabalho, ainda somos proibidos de reivindicar? Eu sabia que a retaliação, por parte do Governo, seria bruta, mas o que estão fazendo já apresenta um gigantesco resquício de crueldade”, postou Ana Cláudia.
Mais abaixo, o professor Isaquel Silva completou: “Absurdo. Vergonhoso”. O Departamento Jurídico do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE) foi acionado para ingressar com mandado de segurança para os casos de afastamento dos professores que aderiram ao movimento de greve. (Blog do Agreste)