O disse-me-disse em torno da escolha do candidato ao governo pela Frente Popular pode até aguçar o bom humor de alguns e ensejar avaliações de que os boatos são alimentados pela imprensa.
Tudo bem, tudo ok, mas, na verdade, nem tudo se resume a fofocas e a capacidade de achar graça na demora de processo tão demorado assim é uma reação longe de ser unanimidade.
É inegável que o governador está com dificuldade de escolher um nome sem provocar arestas. Para onde ele gira a bússola gera insatisfações.
E não é sendo exatamente a imprensa o motor dos descontentamentos que embasam as notícias sobre os descaminhos da sucessão.
Aliados, do PSB inclusive, tem se posicionado em reserva contra ou a favor de nomes, de possibilidades, de movimentos.
Também não foi a imprensa a criadora de alguns prazos – já vencidos – para o anúncio do escolhido. O PSB chegou a informar que janeiro seria o mês da definição.
Paulo Paiva/DP/D.A Press
Agora em fevereiro, a cada semana aparece alguém para afirmar que até tal dia o nome será oficializado.
É natural que, diante de uma aliança partidária ampla e diversificada como a liderada por Eduardo Campos, existam discordâncias, resistências.
Mas o mais estranho é o fato de o PSB estadual ter grupos que se digladiem internamente.
E nesse “vai e vem” todo causa espanto a constatação de que o domínio que o governador sempre demonstrou ter da situação não é tão absoluto assim. Aliás, parece estar bem relativo.
Sobre o processo de escolha, a coluna Diario Político (Marisa Gibson) desta terça (18) destacou:
Vetos e vetos
PSB
Os socialistas históricos se transformaram numa irmandade dentro do PSB com poderes extraordinários.
Além dos vetos ao vice-governador João Lyra Neto, ao ex-ministro Fernando Bezerra Coelho e ao secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, todos do PSB, o grupo não quer nem saber da possibilidade de Guilherme Uchoa (PDT), presidente da Assembleia Legislativa, vir a assumir o governo, embora o governador Eduardo Campos (PSB) tenha prestigiado bastante o deputado.
Caso o vice desistisse de assumir o governo, o presidente da Assembleia seria o segundo na linha da sucessão.
(Blog de Política/ Diário de Pernambuco)