A respeito de especulações sobre quem indicará o vice da chapa do PSB nas eleições de 2020 pela prefeitura do Recife, é importante avaliar a conjuntura em torno do projeto que sustenta a Frente Popular. Nas eleições de 2018 houve uma inédita aliança entre Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa com o objetivo de reeleger Paulo Câmara e eleger os dois senadores da Frente Popular, naquela ocasião além de os dois partidos serem importantes, havia três vagas em aberto na chapa majoritária.
Para as eleições de 2020 há somente a vaga de vice-prefeito para fazer a composição com o PSB, e há uma série de interessados. Apesar de hoje o PDT e o MDB serem lembrados, o PSB terá que estabelecer uma prioridade para a composição majoritária e o partido com maior envergadura é o PT.
Vale salientar que em caso de aliança entre PT e PSB, será a primeira vez desde 1985 que o PT não terá candidatura própria no Recife, e tal sacrifício só se justifica com um espaço na chapa majoritária, até porque existe um nome no partido com densidade eleitoral e política para encabeçar um projeto próprio que é a deputada federal Marília Arraes. Então para retirá-la do páreo a vaga de vice do PSB tem que obrigatoriamente ser do PT.
Portanto, caberá ao MDB, ao PDT e aos demais partidos da Frente Popular o posto de coadjuvantes no processo eleitoral da capital pernambucana, não havendo espaço para nomes plantados na mídia como Isabella de Roldão e Murilo Cavalcanti que foram ventilados sem qualquer fundamento para ocupar o posto de vice na disputa. (Edmar Lyra)