O Centro Integrado de Ressocialização (CIR) de Itaquitinga, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, deve receber seus primeiros 50 detentos a partir da próxima semana, vindos da Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, e do Complexo Prisional do Curado, no Recife.
As obras da unidade foram iniciadas em 2009, inicialmente como uma Parceria Público-Privada (PPP) com a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Reintegra Brasil S.A e deveria ter sido inaugurada em 2012. Só em 2016 que o Estado pôs fim ao impasse da paralisação das obras, decretando a caducidade da PPP e assumindo a responsabilidade das obras.
Com capacidade para mil presos, o CIR 1 foi criado para desafogar as unidades prisionais da Região Metropolitana do Recife (RMR), acolhendo presos sentenciados do gênero masculino, em regime fechado.
Foram investidos aproximadaente R$ 10 milhões para criar o centro que possui uma área construída de 1.000m², com 12 salas de aula, áreas jurídicas e de saúde, refeitório, pavilhão para exercício de atividades laborais, além de três pavilhões de vivências coletivas, oito guaritas, instalações da Polícia Militar e a área da administração e recepção de visitantes.
Quanto ao nível de segurança da unidade, ela foi construída em concreto armado numa espessura que impossibilita aberturas e perfurações com máquinas modernas. “Tentamos perfurar um buraco de ¾ e só existe duas máquinas em Pernambuco capazes de fazer isso, e mesmo assim uma delas ao fazer o trabalho quebrou e não conseguiu a perfuração”, explicou o diretor do centro, Nickson Monteiro de Araújo.
Continua…
“Isso também influência na impossibilidade de utilização de telefones celulares. Não só pela distancia, o local, mas a própria construção em si impede que os celulares venham a funcionar. Elas formam um campo que impede que e propague o sinal de telefonia”, completa o diretor.
Sobre os diferenciais da unidade, o diretor ainda afirmou que o quantitativo de presos por cela será respeitado. Além de o sistema de fornecimento de água ser à prova de vandalismo, com vasos sanitários de aço, e acessibilidade nas celas e banheiros.