O presidente do PSB, Carlos Siqueira, terá uma reunião, hoje, com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. O encontro acontece em meio a ruídos entre o governo Lula e os partidos que já são da base aliada, em razão das negociações de Lula com o Centrão. Em entrevista à GloboNews, Siqueira expressou sua discordância com esse tipo de acordo.
“Eu discordo completamente da ideia de se fazer um acordo através de ministério com o Centrão. O sistema político brasileiro está profundamente desgastado, é um sistema que nos gerou uma situação que nós vivemos. Há menos de um ano atrás, nós enfrentamos uma eleição duríssima, depois do desastre que significou o governo Bolsonaro, ele quase ganhou as eleições, ganhamos por 2,1 milhões”, disse.
Conversas por uma possível mudança geral de ministérios no governo federal com a entrada do Centrão no governo têm citado trocas no Ministério de Portos e Aeroportos, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, comandados por integrantes do PSB.
O presidente do partido defende que o PSB merece manter os espaços que lhe foram oferecidos, destacando que o partido teve um papel fundamental durante a campanha eleitoral, contribuindo para a vitória nas eleições presidenciais. Além disso, ele declarou acreditar que o partido continua a desempenhar um papel estratégico no governo.
“Achamos importante que o PSB mantenha os espaços que lhe foi oferecido, porque o PSB não foi apenas importante durante a campanha eleitoral, o impacto resultado das eleições, mas o PSB também joga um papel importante no próprio governo e vai continuar jogando”, disse.
Carlos Siqueira, entretanto, deixa claro que se o presidente Lula desejar fazer mudanças, ele tem a prerrogativa de fazê-las, embora enfatize a relevância dos quadros do PSB no governo.
“Se o presidente Lula desejar fazer uma mudança, ele tem todos os poderes para fazer isso, que faça, até agora não disse nada sobre essa mudança e, portanto, nós não estamos dando isso como seguro, porque, na verdade todos que estão lá para nós do Partido Socialista Brasileiro são importantíssimos, jogam um papel muito estratégico nos postos que ocupam, são quadros excepcionais no nosso partido que o governo deveria, inclusive, agradecer por tê-los como ministros”, concluiu. As informações são do Blog Magno Martins.