As dificuldades decorrentes da crise econômica que o Brasil enfrenta, causa reflexos também na administração pública. Criar, executar, desenvolver e manter ações tem sido um desafio para as prefeituras. Em Limoeiro, uma das principais cidades da região do médio Agreste Setentrional, a realidade não é diferente.
Segundo o secretário de Administração, Bruno Nóbrega, o Governo Municipal tem buscado alternativas para tentar minimizar os danos causados pela diminuição dos repasses federais, que já chegam a 40%; e garantir a manutenção de serviços básicos e essenciais nas áreas da educação, saúde e assistência social.
Outro desafio é garantir que o funcionalismo público não sofra maiores prejuízos. Desta forma, desde o mês de setembro que a gestão municipal vem tomando decisões que tenha o foco na economia dos cofres públicos, a exemplo da redução de 20% do salário dos cargos executivos e comissionados, além da redução de gastos com eventos festivos, promovidos de forma direta ou indireta.
Com isso, o chefe do executivo vem informar o cancelamento do Micaeiro 2015. Todavia, ressalta que por dois meses houve a tentativa na busca de alternativas para a sua realização. Conversas com diversas empresas na busca de patrocínio e visitas aos órgãos estaduais e federais na expectativa de conseguir recursos, que infelizmente não foram sinalizados de forma positiva. Todos, invariavelmente informando o efeito das adversidades promovida pela atual crise financeira nacional.
O prefeito Thiago Cavalcanti deixou claro que o cancelamento da festa não foi uma decisão fácil de ser tomada, mas necessária para a manutenção das contas e continuar honrando com os compromissos da prefeitura, como o pagamento de salários em dia e mantimento de programas e ações essenciais na área da saúde, educação, assistência social e obras de manutenção para o bom funcionamento do município. Ele também manifestou o desejo de administrar com responsabilidade, para não colocar o município em dificuldades financeiras para o primeiro semestre de 2016.
“Sempre ouvimos queixas por não realizar a festa, nós também gostamos de festa. Porém administrar recursos públicos é isso, é definir prioridades todos os dias. É a mesma coisa que em nossa casa, a receita tem de ser maior que nossas despesas. Então nós devemos fazer compromissos com a receita que temos. Todos os municípios estão tendo dificuldades, mas nós administramos escolhendo prioridades e decidindo o que é melhor para a coletividade do nosso povo”, explicou Thiago. (Jacson Lucena)