Por Genivaldo Henrique/Folha de Pernambuco – A prefeitura de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco, e a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) tentam identificar os comerciantes que agrediram um casal de turistas de Mato Grosso, nesse sábado (27), na praia de Porto de Galinhas.
Johnny Andrade Barbosa e Cleiton Zanatta foram resgatados por uma equipe de salva-vidas do município, que interviu nas agressões e os retiraram do local.
“Trata-se de um fato grave e incompatível com os valores de respeito, acolhimento e hospitalidade que norteiam o destino. Os órgãos competentes já apuram o ocorrido para identificar os envolvidos e adotar as medidas legais cabíveis”, disse a prefeitura, por meio de nota.
A SDS-PE, também por meio de nota, reforçou que trata a apuração do caso como “prioridade”, e que o objetivo é “identificar e responsabilizar todos os envolvidos”.
A confusão teria começado porque comerciantes da área teriam cobrado um valor acima do combinado anteriormente para ceder cadeiras. Os barraqueiros, por outro lado, alegaram que os homens teriam saído sem pagar, iniciando o tumulto que terminou em agressão.
Em vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver uma das vítimas com ferimentos no rosto. Eles classificam o caso como um “massacre”.
“Chegamos à praia e um rapaz foi nos atender, conduzindo a gente até a barraca. Ele ofereceu os serviços por R$ 50, com duas cadeiras e um guarda-sol. Na hora de pagar, ele nos cobrou R$ 80. Falei que não era justo e que pagaria os R$ 50”, iniciou uma das vítimas.
“Ele juntou a cadeira e jogou em mim. Depois, vieram 10, 15 em cima de mim, dando vários pontapés. Não tive reação. Cleiton, meu companheiro, saiu correndo para pedir ajuda porque não tinha policiamento em volta para nos ajudar. O Corpo de Bombeiros estava do lado, mas não fizeram questão de ajudar da maneira correta. Deixaram a gente apanhar e só depois que viram que a gente ia ser linchado (é que reagiram). Foi um crime que fizeram com a gente”, relatou um dos turistas.
Em vídeo publicado na rede social pessoal, a dupla indicou que vai processar a Prefeitura de Ipojuca e o estado de Pernambuco. “Espero nunca mais pisar nesse lugar. Recebemos relatos de outras pessoas que passaram pela mesma situação que a gente. As pessoas não podem passar por isso. A praia é linda, mas se continuar assim não terá mais turismo em Porto de Galinhas”, pontuou Cleiton.
Investigação
O crime está sendo investigado como lesão corporal da Polícia Civil de Pernambuco, por meio da Divisão Especial de Apuração de Homicídios (DEAH).
“A SDS destaca, ainda, que a Polícia Militar de Pernambuco está atuando com um esquema reforçado de policiamento ostensivo em Porto de Galinhas e Maracaípe, no município de Ipojuca, com atuação integrada do 18º Batalhão da PM (18º BPM) e do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur)”, completou a SDS.