A Polícia Civil cumpriu, nesta manhã, cinco mandados de prisão preventiva, entre eles, o do prefeito de Camaragibe, Demóstenes e Silva Meira (PTB), além de seu afastamento cautelar. A investigação começou em dezembro de 2018 com o objetivo de prender integrantes de organizações criminosas voltadas para a prática de crimes de fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro.
O prefeito foi preso em casa, no bairro da Madalena, no Recife. Além dele, quatro empresários foram presos: Severino Ramos da Silva e a esposa dele, Luciana Maria da Silva, e Carlos Augusto e a esposa dele, Joelma Soares.
Ao todo, 40 policiais civis atuaram, entre delegados, agentes e escrivães. As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (DINTEL) e pelo Laboratório de Lavagem de Dinheiro (DRACO). Os detalhes da Operação Harpalo II serão divulgados amanhã, em coletiva para a imprensa.
Investigadores apuraram irregularidades encontradas em nove contratos auditados pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE). Os contratos do setor de engenharia são referentes ao ano de 2017 e eram voltados para a manutenção do edifício-sede da Prefeitura de Camaragibe, limpeza urbana e de escolas municipais. Somados, os contratos resultam em R$ 33 milhões.
Em relação à fiscalização de serviços gerais do setor metropolitano, o TCE também apurou irregularidades em contratos que somam R$ 31 milhões. Os serviços, em teoria, seriam para a compra de medicamentos, suplementos hospitalares, material gráfico, publicidade e propaganda, merenda escolar e locação de imóveis. As empresas favorecidas na concorrência de licitações, que estavam em conluio, eram C.A Construções Civis e a Esfera Construções. Meira ganhou destaque no carnaval deste ano quando convocou os cargos comissionados da prefeitura, via Whats App, para comparecerem ao show da namorada Taty Dantas, que também é secretária de Assistência Social. (Diário de Pernambuco)