O período que antecede a campanha pelo governo do estado de pernambuco está sendo marcada pela “infidelidade partidária” de alguns prefeitos, tanto do lado governista quanto da oposição. Após perder o apoio do prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano (PTB), na última semana, o pré-candidato Armando Monteiro Neto (PTB) recebeu outro golpe nesta quarta-feira (23) ao ver a prefeita de Arcoverde, Madalena Brito, também de seu partido, aderir à candidatura de Paulo Câmara (PSB).
No entanto, a Frente Popular também sofre do mesmo mal. Também nesta quarta, a prefeita de Afrânio, Lúcia Mariano (PSB) anunciou que estará do lado de Armando nas eleições de outubro. Um jogo que poderá ter outros capítulos em virtude do fim da aliança entre PSB e PTB em Pernambuco.
De acordo com a prefeita Lúcia Mariano, alguns motivos levaram-na a apoiar o senador na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas. “Primeiramente, nunca tivemos oportunidade de sermos recebidos pelo antigo governador Eduardo Campos quando solicitávamos uma audiência. Sempre éramos atendidos por secretários. Temos uma escola para 400 alunos na cidade que foi demolida há três anos. Desde então, os estudantes assistem aula em um galpão alugado”, explicou a prefeita.
Segundo Lúcia, a influência do marido, o deputado estadual Adalberto Cavalcanti (PTB), que tentará uma vaga para concorrer à Câmara Federal, também foi marcante para a decisão. “Estamos fechados com o senador”, completou. A prefeita acrescentou que não espera nenhum tipo de retaliação pela atitude e que, por enquanto, não pensa em abandonar o partido. “Não creio que vá haver retaliação. Essas alianças estão acontecendo por todos os lados. No momento não penso em sair do PSB, mas vamos ver o que vai acontecer daqui pra frente”, disse. (Diário de Pernambuco)