Preço do feijão vai chegar a R$ 12/kg nos supermercados…

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O feijão carioca, considerado um dos itens básicos da alimentação de muitas famílias, ficou 14,47% mais caro nos supermercados de Ribeirão Preto (SP) em relação ao ano passado.

O quilo passou a custar R$ 5,68 nas gôndolas em abril, segundo pesquisa divulgada este mês pela Associação do Comércio e Indústria do município (Acirp).

Elevação associada pelo economista José Rita Moreira a questões climáticas que prejudicaram produtores do Paraná e do norte de Minas Gerais.

O alimento foi um dos pesaram na inflação do mês passado em Ribeirão.

Continua…

Para consumidores como a diarista Gislaine Peruzzi, a alta – associada à do arroz, 8,5% mais caro – tem feito diferença nas compras para sua casa, onde vivem cinco adultos.

“Não sei onde vamos parar. Vamos ver o que a gente vai fazer. Para substituir não tem jeito, porque o arroz e o feijão são os alimentos principais. A carne a gente ainda substitui uma pela outra. O feijão não tem jeito. Nem o pior está mais barato”, reclama.

A carne a gente ainda substitui uma pela outra. O feijão não tem jeito. Nem o pior está mais barato”Gislaine Peruzzi,diarista. A queixa de Gislaine encontra explicação na ação das chuvas. Segundo Moreira, por um lado, o excesso de precipitações comprometeu a safra no Paraná. No norte de Minas Gerais, também houve baixa na produção, mas justamente pela escassez de chuvas.

Resultado: a saca de 60 kg do feijão carioquinha tipo 1, que em abril do ano passado deixava o distribuidor por R$ 121,05, no mês passado saiu por R$ 231,39, ocasionando um aumento de 91,15% no atacado, segundo cotação do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado.

“É uma lei de mercado. Houve escassez do produto. Faltou produto, naturalmente o preço sobe”, avalia o economista.

Segundo ele, a tendência é de que os preços se estabilizem a partir de agosto, quando a produção tende a ser normalizada e os valores revertidos. Até lá, Moreira sugere aos consumidores substituir o feijão carioca pelo preto, relativamente mais em conta.

“A tendência é que realmente se resolva no segundo semestre, quando há um novo abastecimento de produtos”, diz. (Jornal do Commercio)