Preço da gasolina sobe pela 13ª vez e retoma valor do início da pandemia

R7

Os motoristas brasileiros que pararam o carro para abastecer nesta semana amargaram a 13ª alta consecutiva no preço médio cobrado pelo litro da gasolina nos postos. Segundo dados divulgados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o valor já retomou o patamar do início da pandemia do novo coronavírus.

Com a variação de 0,79%, o preço médio desembolsado por cada litro da gasolina em território nacional passou a ser de R$ 4,268. Trata-se do maior patamar desde a última semana do mês de março, quando o litro do combustível era comercializado por cerca de R$ 4,298 no Brasil.

No período de 13 valorizações seguidas, iniciado ao final do mês de maio, o preço médio cobrado pega gasolina nos postos acumula alta de 12,2%. Ainda assim, o valor aparece 6,36% abaixo daquele cobrado na última semana de 2019 (R$ 4,558).

Em termos práticos, significa dizer que o proprietário de um carro equipado com um tanque de 50 litros paga, atualmente, cerca de R$ 213,4 para encher o tanque do veículo com gasolina. O preço é R$ 21,65 superior ao desembolsado há três meses.

Entre os 5.516 postos pesquisados pela ANP nesta semana, o valor cobrado pelo litro da gasolina varia entre R$ 3,410, no Amapá, e R$ 5,690, no Tocantins.

O movimento de alta é uma consequência dos recentes reajustes no valor da gasolina nas refinarias da Petrobras, empresa que domina o mercado de refino no Brasil. Nos últimos dias, foi comunicado um aumento de 6% no valor do combustível, com possível impacto de R$ 0,0732 por litro nos postos.

A política de preços da Petrobras guia-se por fatores como o mercado internacional de petróleo e a cotação do dólar. O repasse dos reajustes nas refinarias aos motoristas não é imediato e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro.

Outros combustíveis

Assim como a gasolina, o diesel também manteve a trajetória de remarcação e engatou a 14ª alta semanal seguida. No período, o litro do combustível mais comercializado do Brasil ficou 12,2% mais caro e atualmente é vendido por, em média, R$ 3,374.

O etanol, por sua vez, tem uma sequência de altas mais discreta, de apenas três semanas. Com a valorização de 0,46% do litro nesta semana, o combustível passou a ser comercializado por cerca de R$ 2,782 nos postos.

Já os botijões de 13 kg do GLP, popularmente conhecido com gás de cozinha, subiram pela segunda vez consecutiva, a R$ 70,05. Os valores do produto pelo Brasil, no entanto, variam entre R$ 50, na Bahia, e R$ 115, em Mato Grosso.