Diferente da equação que vem sendo calculada nos corredores do Palácio das Princesas, no PP, pesa a seguinte conta: os progressistas elegeram 10 deputados estaduais, quantitativo equivalente à soma dos parlamentares eleitos pelo PSD (3), PT (3), PR (2), PDT (1) e MDB (1). Contando com o PP, o governo alcança uma bancada de 33 membros na Assembleia Legislativa. Subtraindo o apoio do Partido Progressista, esse número chegaria a 23, o que não representa maioria, considerando os total de 49 cadeiras. Esses números não passam batidos, naturalmente, aos progressistas, o que os leva a nem cogitar ver seu espaço reduzido na gestão socialista. Como a coluna registrou ontem, as previsões de reformulação da administração estadual incluem redimensionamento do PP. Leia-se: redução dos espaços. À equação que vai se desenhando no Palácio das Princesas, não escapa uma variável: a queda nas votações dos deputados Eduardo da Fonte (teve 113.640) e Cleiton Collins (teve 106.394) em relação a 2014 e às projeções feitas. No PP, vem à tona uma memória nesse momento: há quatro anos, Eduardo da Fonte teve 283.567 mil votos, o que não resultou, necessariamente, em espaço imediato. A cota do PP, naquele momento, resumia-se ao Ipem.
Essa dimensão foi ampliada significativamente quando o pleito deste ano já se avizinhava. E, aí, o tamanho da bancada do PP na Alepe teve influência no redesenho. A sigla passou a comandar, além do Ipem, o Lafepe, o Porto do Recife, a administração de Fernando de Noronha, a pasta de Desenvolvimento Social, além de Desenvolvimento Econômico, a qual é ligada o Porto de Suape. A arrumação se deu num contexto em que os progressistas possuíam a maior bancada na Alepe, com 14 deputados, enquanto o PSB do governador Paulo Câmara contabilizava 12. O acréscimo ao PP representou redução da cota do MDB. Os dois partidos reivindicavam espaço na chapa majoritária, mas foram os emedebistas que acabaram contemplados, com Jarbas Vasconcelos na corrida pelo Senado. Eduardo da Fonte chegou a ser eleito com 330. 520 mil votos em 2010. Daí, costuma-se recordar, no PP, que, naquele momento, a legenda não ocupava cargos na gestão Eduardo Campos, a despeito do resultado das urnas. (Renata Bezerra)