Por AFP – A polícia francesa realizou buscas na Vila Olímpica na última quinta-feira (8) com o técnico de atletismo argelino Amar Benida e o medalhista de bronze dos 800m, Djamel Sedjati no centro das atenções, informaram fontes próximas à investigação, confirmando uma reportagem do jornal L’Equipe.
A operação foi realizada por integrantes da unidade antidoping (OCLAESP, na sigla em francês) e é a primeira a ocorrer nos Jogos de Paris, que terminam neste domingo.
Segundo uma fonte próxima ao caso, o alvo da operação é sobretudo o treinador Amar Benida.
Já Djamel Sedjati terminou em terceiro lugar na final olímpica dos 800m do atletismo, realizada ontem (10) no Stade de France, em Saint-Denis.
“Nada [importante] aconteceu. São coisas com as quais nós, atletas, podemos lidar”, declarou Sedjati em entrevista coletiva após a final. “Graças a Deus foi apenas um pequeno incômodo, logo consegui voltar à vida normal”, garantiu o atleta.
Questionados pela AFP, nem o Ministério Público de Paris, nem a Agência Francesa de Controle Antidoping (AFLD), nem a Agência Internacional de Testes (ITA) e nem o Comitê de Organização dos Jogos (COJO) responderam às perguntas.
Num comunicado, o Comitê Olímpico da Argélia manifestou sua “profunda indignação com estas tentativas maliciosas de manchar a imagem” de um grande atleta no país.
“Todas as medidas legais foram tomadas imediatamente para proteger o nosso campeão”, acrescentou.
“Reafirmamos o nosso total apoio ao campeão Djamel Sedjati e a todos os nossos atletas que representam a Argélia no cenário internacional com honra e orgulho”, acrescentou o Comitê Olímpico Argelino.