Faltando uma semana para o fim do ano de 2019 e início de 2020, há um forte indicativo de que as pré-candidaturas de João Campos e Marília Arraes deverão polarizar a disputa pela prefeitura do Recife. Em levantamentos internos e externos fica latente a dificuldade dos candidatos oposicionistas em quebrar o favoritismo dos herdeiros políticos do ex-governador Miguel Arraes.
A eleição de 2016 serve como base para 2020, quando Geraldo Julio e João Paulo tiveram juntos 73,10% dos votos válidos no primeiro turno e ainda assim havia uma elevadíssima rejeição ao PT naquela ocasião, fato que mostra a falta de competitividade dos nomes oposicionistas à época, Daniel Coelho e Priscila Krause.
Pelo que está se desenhando para a oposição, além de seus nomes tradicionais não apresentarem nenhuma novidade no processo eleitoral de 2020, o sentimento é o de que apostar em nomes já rejeitados em pleitos anteriores colocará a oposição que foi representada pela candidatura de Armando Monteiro em 2018 em uma situação dificílima para a disputa do próximo ano.
Diante dos números, a oposição no Recife precisará se reinventar se não quiser sofrer nova derrota para os partidos de esquerda. Em 2018 o eleitor recifense sinalizou ao dar expressiva votação ao presidente Jair Bolsonaro que pode impulsionar um projeto de direita no Recife desde que ele tenha unidade, efetividade e competitividade, condições que os nomes tradicionais da oposição não apresentam para as eleições de 2020. Ou seja, a oposição precisa chegar a uma unidade em torno de um nome que represente um fato novo na disputa, senão estará fadada a um novo fracasso eleitoral na capital pernambucana. (Edmar Lyra)