Folha de Pernambuco
A vacina contra a Covid-19 ainda está em fase de desenvolvimento. Mas, no Brasil, o planejamento para a imunização da população pelo Sistema Único de Saúde (SUS) já está sendo realizado. André Longo, secretário de Saúde de Pernambuco, participou de reunião com o Ministério da Saúde (MS), para tratar da campanha de imunização da Covid-19.
O secretário detalhou trechos da reunião com o MS na coletiva remota realizada pelo Governo de Pernambuco ontem (14). Na reunião, que aconteceu também nesta quarta, o ministério, segundo Longo, informou sobre a entrega do plano de vacinação ainda em novembro e tratou sobre como será a distribuição para grupos prioritários receberem a vacina assim que ela estiver disponível.
Longo contou que na reunião estavam presentes secretários executivos do Ministério da Saúde, Anvisa, Fiocruz e Datasus. “O Ministério nos informou que o plano nacional de vacinação deverá ser anunciado em novembro, inclusive com análise dos grupos mais suscetíveis para a doença que serão prioritários para receber a vacina assim que ela estiver disponível”, contou o secretário estadual de Saúde. Ele, porém, não informou quais serão os grupos prioritários. “A ideia é que se tenha um rigoroso controle da aplicação das doses do imunizante, com rastreio de toda a população imunizada”, explicou André Longo.
O Brasil aderiu a uma iniciativa internacional, da Organização Mundial de Saúde, a Covax Facility. Contudo, de acordo com o secretário, o País tem “duas iniciativas mais promissoras”. Longo se referiu aos avanços realizados pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que trabalham em parceria com as vacinas desenvolvidas em pesquisas realizadas pela China e pela Inglaterra, respectivamente.
“A expectativa é que o Butantan já forneça cerca de 46 milhões de doses da vacina ainda em dezembro. Já a perspectiva da Fiocruz é fornecer cerca de 100 milhões de doses ao longo do primeiro semestre de 2021”, informou o secretário.
Para que cheguem à fase de distribuição, as vacinas ainda passarão pelo processo de registro e segurança necessários na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “São notícias promissoras que acompanharemos, através do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), ao longo das próximas semanas”, de acordo com André Longo.