Embora tenha dito que não vai se envolver e ter a certeza de que a cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é um fato consumado, o governo já admite que a votação poderá ficar para depois das eleições municipais. A princípio, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou a sessão para a segunda-feira, 12 de setembro. Mas tem deixado claro que, se o quórum não estiver acima dos 450 parlamentares, não colocará o tema para ser apreciado pelo plenário.
A matemática, nesse caso, conta a favor do ex-presidente da Câmara. Para que ele perca o mandato, são necessários 257 votos, no mínimo. Como Cunha ainda tem uma tropa de choque leal, movida pela fidelidade e pelo medo de que ele exponha as entranhas do financiamento ilegal de campanhas eleitorais, é fundamental uma margem de segurança para a votação. “Tem gente, no governo e no Congresso, que não está dormindo com medo de que Cunha revele os segredos que sabe”, disse o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
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