Às vésperas do encerramento do prazo de registro eleitoral junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PT ainda vive uma “briga silenciosa” quanto aos nomes que indicará para a suplência do Senado na chapa encabeçada pelo senador Armando Monteiro Neto (PTB). Os nomes colocados na mesa são do dirigente Gilson Guimarães, da ex-deputada Isabel Cristina e do ex-prefeito de Surubim, Flávio Nóbrega. Destes três nomes, dois assumiriam a primeira e a segunda suplências. A decisão deve ocorrer hoje.
Apesar de apenas Guimarães ter realizado os trâmites legais definidos pelo partido no tempo hábil, outras alternativas estão sendo construídas. Isabel, que tem a preferência do senador Humberto Costa, e Nóbrega, apoiado pelo ex-secretário Mozart Sales, entraram no páreo. Por ser mulher, a ex-deputada cumpriria uma questão de paridade de gêneros e ainda ajudaria a chapa por uma questão regional, com suas bases no Vale do São Francisco. Bases estas, que poderiam migrar para outros correligionários, caso Isabel assuma a suplência na Casa Alta.
Nóbrega atenderia, assim como Isabel, a uma questão regional e, consequentemente, seria uma tentativa de fazer frente ao líder do PT no Senado. Aliás, a divergência entre Humberto e Mozart, que iniciou em 2008, ainda não amenizou. Nos bastidores, comenta-se que o nome do ex-vereador e assessor de Costa, Dilson Peixoto, foi estimulado a tentar a Câmara dos Deputados para minar as bases de Sales. A convenção do PT, que teve início na última sexta-feira, deve terminar hoje. O partido, que aprovou a reivindicação da suplência, formalizou o pedido e só abriria mão se Armando Neto pedisse por causa de alguma outra negociação. (Blog da Folha)