Diário de Pernambuco
O boletim epidemiológico sobre a Covid-19 em Pernambuco registrou, ontem (29), que o estado passou dos mais de 40 mil curados da doença. Ao todo, são 40.088 pessoas curadas do novo coronavírus no estado. Desse total, 9.191 são de casos graves – aqueles pacientes que passaram por internamento em unidade hospitalar e já receberam alta – e 30.897 casos leves.
“São dados que superam a frieza dos números e nos motivam a continuar trabalhando incansavelmente para abrir novos leitos, salvando mais vidas. Até agora, neste que já é o maior esforço sanitário, logístico e de mobilização de recursos humanos da nossa história, já abrimos mais de 1.700 leitos, sendo 776 de UTI”, afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) também confirmou 369 novos casos da Covid-19 em Pernambuco. Entre os confirmados hoje, 283 (77%) são casos leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar e que estavam na fase final da doença ou já curados. Outros 86 (23%) se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Agora, o estado totaliza 58.476 casos confirmados, sendo 19.354 graves e 39.122 leves. Os casos graves da doença estão distribuídos por 177 municípios, além de Fernando de Noronha e da ocorrência de pacientes de outros estados e países.
Também foram confirmados laboratorialmente 31 óbitos, sendo 16 pacientes do sexo masculino e 15 do sexo feminino. Com isso, o estado totaliza 4.782 mortes pela doença. As mortes registradas no boletim de hoje ocorreram entre 1º de maio e 28 de junho. Os novos óbitos confirmados são de pessoas residentes nos municípios Belo Jardim (1), Bom Conselho (1), Cachoeirinha (1), Camaragibe (1), Itapissuma (1), Jaboatão dos Guararapes (12), Jurema (1), Olinda (2), Paulista (1), Recife (8), São José da Coroa Grande (1) e Surubim (1).
Os pacientes tinham idades entre 48 e 99 anos. As faixas etárias são: 40 a 49 (2), 50 a 59 (3), 60 a 69 (7), 70 a 79 (8), 80 anos ou mais (11). Dos 31 pacientes, 25 apresentavam comorbidades, como hipertensão (11), diabetes (10), doença cardiovascular (8), doença renal (5), câncer (5), doença respiratória/pulmonar (5), etilismo (2), tabagismo (2), doença de Alzheimer (1), hiperplasia (1) e doença de Chagas (1). A SES-PE esclarece que um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Três pacientes não apresentavam comorbidades, e os demais estão em investigação.
Quanto à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 15.547 casos foram confirmados e 18.714 descartados. Outros 112 casos ainda estão em investigação. Além desses, 237 testes realizados em profissionais de saúde apresentaram resultado inconclusivo. As testagens abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública – estadual e municipal – ou privada.
Leitos
O boletim de hoje também aponta que, após três meses com taxa de ocupação acima de 80% e atingir pico de 300 pacientes suspeitos aguardando, temporariamente, vaga de terapia intensiva em maio, os leitos de UTI voltados para casos suspeitos e confirmados da Covid-19 em Pernambuco atingiram a ocupação média de 77% – taxa que não era alcançada desde o dia 5 de abril.
Desde o início de junho, as solicitações ativas para vagas de UTI de pacientes com a doença têm disponibilização imediata de leito, já que a oferta é maior que a demanda. Ao todo, neste momento, de acordo com dados da Central de Regulação de Leitos, que é responsável pelo encaminhamento de pacientes aos estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS, há mais de 200 leitos de UTI vagos na rede e a lista de espera está zerada.
Nesta segunda, a taxa média de ocupação de leitos voltados para pacientes com a Covid-19 no estado está em 58%. Ao todo, são 776 leitos de UTI, com taxa média de ocupação em 77%. Além desses, há 968 leitos de enfermaria, que estão 44% ocupados.
“Esses números confirmam a tendência de estabilização da Covid-19 em Pernambuco, mas também deixam claro que ainda não é o momento de relaxarmos e comemorarmos, além de não podermos nos precipitar. Algumas regiões, como o Agreste, ainda apresentam dados discrepantes e, se houver descuidado, nada impede uma segunda onda de contaminação. Por isso, os pernambucanos têm um papel determinante e precisamos manter distanciamento social, assim como as medidas de higiene, uso de máscara e o maior isolamento social possível”, disse André Longo.