Por Portal Folha de Pernambuco – Em vigilância por conta do crescimento dos indicadores da doença, Pernambuco vivencia um período de alta de casos suspeitos e confirmados da dengue. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o total de casos registrados durante o início do ano teve um aumento de 113,4%.
Os dados estão presentes no boletim divulgado nesta sexta-feira (16), pela Secretaria-Executiva de Vigilância em Saúde e Atenção Primária do Estado, que apresenta o panoroma da dengue no Estado.
De acordo com as informações colhidas, esta é a quinta semana seguida em que o total de casos ultrapassa a linha de controle. O índice analisa os últimos 10 anos da doença, excluindo os anos epidêmicos.
Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, apesar de colocar o estado em vigilância, os números ainda não estão próximos de uma situação de emergência.
A análise segue um referencial do Ministério da Saúde que estabelece a existência de alta incidência quando o patamar de 300 casos/100.000 habitantes é ultrapassado. Em Pernambuco, a média é de 13,3 casos prováveis/100.000 habitantes.
No Estado, alguns municípios já chegaram ao nível de média incidência, quando os indicadores apontam a média entre 100 e 300 casos/100.000 habitantes. São eles: Fernando de Noronha, Araçoiaba, Gravatá e Belém do São Francisco.
Até o momento, 146 casos da dengue foram confirmados em Pernambuco, sendo quatro deles considerados graves. Neste ano, seis óbitos para as arboviroses foram notificados, mas ainda se encontram em investigação.
Outras arboviroses
Com relação à chikungunya, Pernambuco registrou 354 casos prováveis e 28 confirmados. Já o zika não apresenta circulação há alguns anos no estado. Este ano são 19 casos prováveis, sem nenhuma confirmação.
Prevenção
Para evitar casos da doença, a Secretaria de Saúde reforça a necessidade de medidas de prevenção da transmissão da dengue.
Entre as ações a serem adotadas e que precisam ser constantemente revisitadas estão: receber os agentes de combate a endemias; não juntar entulhos que possam promover o acúmulo de água; realizar a limpeza de vasos, calhas e outros focos em potencial.
Em caso de sintomas como febre, manchas na pele, dor nos olhos, conjuntivite, dor no corpo e nas articulações, dores de cabeça ou outra manifestação, a recomendação é que o cidadão busque por atendimento médico.
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar o agravamento da doença ou um possível óbito.