Mais do que em anos anteriores, as eleições municipais de 2016 em Pernambuco serão, de fato, o primeiro turno de 2018. Esse é um dos assuntos paralelos que vêm movimentando conversas de prefeitos e lideranças do interior, deputados federais e estaduais, nesta semana em que a ausência de Eduardo Campos tem sido ressaltada nas diversas homenagens ao ex-governador, cuja morte completa um ano nesta quinta-feira.
Na realidade, 2016 vai ser uma prova de fogo para o PSB, e é essa certeza que leva o prefeito Geraldo Julio (PSB) a fazer nos últimos dias discursos mais enfáticos a respeito de fidelidade e união dentro do partido. As palavras do Geraldo têm endereço, objetivo e retornos certos. Afinal, todos os políticos que concorrem a uma eleição majoritária seguem à risca os levantamentos qualitativos e o PSB já colocou em campo o argentino Diego Brandy, considerado o mago das pesquisas pelos socialistas.
Por enquanto o desconforto, no Recife, se situa no distanciamento do deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB), não da Frente Popular, mas do prefeito, o que poderá complicar o processo eleitoral. No interior, com as cidades polos já se movimentando com palanques múltiplos, o receio é porque não será fácil preencher o vazio deixado com o desaparecimento de Eduardo. Essa é a parte que caberá a Paulo Câmara em 2016: garantir a hegemonia do PSB no estado, para chegar forte em 2018. (Magno Martins)