Pernambuco aguarda orientação do MS sobre vacinação de crianças; infectologista aprova autorização

Jaqueline Fraga/Folha de Pernambuco
Após a autorização do uso em crianças de 5 a 11 anos da vacina contra a Covid-19 produzida pelo consórcio Pfizer-BioNTech, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) afirmou ontem (16), em nota, que aguarda orientações do Ministério da Saúde (MS) sobre a vacinação do novo grupo e também sobre o envio do insumo para iniciar a proteção dessa população. 
 
A pasta destacou, ainda, que o imunizante direcionado às crianças é diferente daquele aplicado nos adultos e que o envio de vacinas é realizado pelo órgão federal.
“A Secretaria Estadual de Saúde reitera que o Governo de Pernambuco já tem pronta, desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, toda a logística de distribuição das vacinas para os municípios, além de estar em contato permanente com os gestores municipais, realizando o apoio técnico necessário para sucesso das ações”, frisou a SES no texto.
 
Também em nota, a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) reiterou que está alinhada às diretrizes dos planos Nacional e Estadual de imunização contra a Covid-19 e que aguarda posicionamento oficial do Ministério da Saúde em relação à compra e orientações sobre a vacinação das crianças de 5 a 11 anos. 
 
A Sesau reforçou, ainda, que desde agosto a Prefeitura do Recife abriu o cadastramento no site e aplicativo do Conecta Recife para pessoas com 2 anos de idade ou mais. 
“O cadastro é fundamental para que a gestão possa fazer o planejamento da imunização deste novo público. Devem ser anexados no ato do cadastramento comprovante de residência no nome dos pais ou responsáveis, documentação da criança ou adolescente, do pai ou responsável, além de documento comprobatório de filiação ou tutela”, explicou o órgão.
 O infectologista Filipe Prohaska, do Hospital Oswaldo Cruz, comemorou a aprovação da Anvisa. “É uma notícia espetacular, ter a ideia de que as crianças vão poder tomar duas doses de vacina num período menor que um mês e poder garantir imunização”, disse. 
 
“É um grupo que, principalmente agora que vai haver um período de férias e vai ter a reabertura das escolas de forma ampla a partir de janeiro e fevereiro, estava muito exposto”, acrescentou.
 
Para o médico, a ampliação da vacina para esta nova faixa etária permitirá uma retomada mais segura das atividades. “A vacinação é resultado de uma série de estudos, garantindo não só a segurança como a eficácia das vacinas. Então, é uma vacina segura, que tem boa imunidade, que garante a imunização.” 
O infectologista frisou, ainda, que a vacinação das crianças reflete também no seu local de convívio. “Você acaba tendo uma proteção maior do ambiente também.”
 
O presidente do Sindicato de Escolas Particulares de Pernambuco, José Ricardo Diniz, afirmou que o grupo se reunirá para discutir o tema. 
 
“A gente quer manter a noção de segurança e seguir o que está estabelecido pelas autoridades sanitárias. Tudo isso tem sido a base do nosso trabalho, visando sobretudo a segurança da comunidade escolar”, disse.