Pela Chesf, Danilo Cabral Chama ministro de ingrato com Petrolina…

Após o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), dizer que estão usando a privatização da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) como palanque político, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf, deputado federal Danilo Cabral (PSB), afirmou, nesta terça-feira (12), que o seu correligionário estaria sendo ingrato com a região de Petrolina, reduto eleitoral dos Coelho, ao não debater a privatização da companhia. Cabral disse também que Fernando Filho desconhece o estatuto do PSB.

“O ministro desconhece até o estatuto do PSB, isso mostra que ele está no partido errado. No estatuto, diz que o partido defende a soberania do País e está na defesa dos mais desfavorecidos”, disse Cabral, em alusão ao controle energético do Brasil e o rio, como fator de desenvolvimento regional. “O rio São Francisco é patrimônio do Brasil e dos nordestinos. Ele é ingrato, inclusive, com Petrolina, a região dele, onde o rio é tão importante para o desenvolvimento da região”, criticou. “Ele quer especular com a água”, acrescentou. A maior parte dos parlamentares que lutam contra a privatização da companhia pertence ao PSB, partido do ministro

Sobre desinformação, o parlamentar ironizou o correligionário, dizendo que de fato falta informações e o presidente-diretor da companhia, Sinval Zaidan, era um dos que não sabiam o motivo da privatização.

Continua…

Ato

A Frente Parlamentar vai realizar, nesta quarta-feira (13), um ato político na Câmara dos Deputados, em Brasília, para lançar oficialmente o trabalho. Durante o evento, com o objetivo de mobilizar a sociedade para participar do debate sobre a privatização da Eletrobras, o colegiado apresentará a campanha “Diga não à privatização do Rio São Francisco”. “Esperamos que o ministro Fernando Filho tenha a sensibilidade de abrir esse debate com o Congresso, com quem opera o setor energético e, sobretudo, com a sociedade”, disse.

Material de campanha lançado pela frente parlamentar (Foto: Reprodução)

O colegiado apresentou dois requerimentos a pasta de Minas e Energia, um deles, solicitando audiência pública com o ministro. Ainda não obtiveram retorno. Na segunda-feira, Fernando Filho disse que não veria problema em conversar sobre o assunto, mas descartou retirar a Chesf do plano de privatização.

“Foi isso [pressão da sociedade] que fez o ministro recuar da abertura da exploração mineral da Renca, na Amazônia, abrindo um prazo de 120 dias para que a sociedade participe do debate. Nós queremos que o ministro dê a Pernambuco, aos nordestinos, aos irmãos dele de Petrolina, que devem tanto ao Rio São Francisco, a mesma oportunidade de fazer esse debate de privatização da Eletrobras”, ressaltou o deputado. (Diário de Pernambuco)