Por Arthur Cunha – especial para o blog
No mês de recesso, longe dos holofotes, a disputa pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco pegou fogo de vez. E o cargo onde a briga está mais acirrada é o de primeiro-secretário, que administra um orçamento maior do que o de muita prefeitura, e sem as críticas inerentes ao Executivo. Há embates, também, na 1ª Vice-Presidência e em outros postos fora da Mesa, como a liderança da oposição. Enquanto o governador anunciava, ontem, o seu segundo escalão, os deputados passaram o dia articulando pesado na Alepe. O voto está bastante disputado.
Preferido para o cargo de primeiro-secretário, o deputado Clodoaldo Magalhães ainda não está sacramentado no posto. O parlamentar segue na frente, mas Isaltino Nascimento continua forte na corrida. A surpresa ficou por conta de Francismar Pontes, que, dado como fora do páreo, está correndo por fora e conquistando votos onde ninguém está buscando. O jogo para primeiro-secretário está sendo jogado – e vai continuar assim até os 45 do segundo tempo.
Embate semelhante observamos na 1ª Vice-Presidência. O nome de Simone Santana não está pacificado. Diogo Moraes, atual primeiro-secretário, não abriu mão de permanecer na Mesa e ainda mantêm seu nome na corrida – sem falar em Aglailson Victor. Já o presidente da Alepe, Eriberto Medeiros, mesmo sem concorrência, está em campanha assegurando voto atrás de voto, pavimentando a sua reeleição.
Outro posto onde tem mais de um pretendente é a liderança da oposição. Deputado de primeiro mandato, Marco Aurélio Medeiros se lançou no jogo. Mas pesa contra ele o argumento de que, uma vez escolhido, o parlamentar concentraria sua atuação muito no Recife, esquecendo Pernambuco. Sendo assim, Priscila Krause deve mesmo ficar com a função, conforme antecipado por esta coluna.