O PDT anunciou nesta quarta-feira (10) apoio a Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. A decisão foi tomada em uma reunião da Executiva Nacional do Partido, em Brasília. Carlos Lupi, presidente do partido, afirmou que a chapa do PT foi a escolhida por causa dos riscos que a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) trazem ao Brasil.
“Hoje o tipo de golpe é mais sofisticado, um golpe que pode ser legitimado pelo voto popular, o que torna maior o risco à democracia brasileira”, afirmou Lupi. “Nós já sofremos 1964, nós sabemos o que foi 1968, nós somos filhos e netos dos que sofreram na ditadura. Somos o partido dos cassados, dos oprimidos, dos exilados e dos mortos. É em nome desta memória que queremos alertar o povo brasileiro do risco que o Brasil corre elegendo essa personalidade que hoje engana o povo”, completou.
O apoio ao PT vem depois de uma campanha acirrada entre o candidato Ciro Gomes e Haddad. Ciro foi o terceiro colocado na corrida pelo segundo turno, com 13,3 milhões de votos. Nos últimos debates da campanha, o ex-governador do Ceará atacou o partido e o ex-prefeito de São Paulo várias vezes. Por isso, o partido chama a decisão de um ‘apoio crítico’.
Lupi confirmou que o PDT não integrará a coordenação da campanha de Haddad e não fará parte da gestão, caso ele seja eleito. O presidente negou também que Ciro Gomes vá subir no palanque do candidato do PT. O plano da legenda, completou, é começar a preparar a disputa de 2022. Ciro não falou com jornalistas. Na saída do encontro, ele apenas gritou “abaixo ao fascismo, viva a democracia”.