A menos de 120 dias para o fim do mandato, o governador Paulo Câmara (PSB) anunciou, ontem, a contratação de um empréstimo, no valor de R$ 800 milhões, pelo Governo de Pernambuco, junto a bancos privados. Feito no apagar das luzes, o ato despertou a atenção do candidato ao Governo do Estado, Anderson Ferreira (PL), que se posicionou no sentido de requerer informações quanto às taxas de juros, aos prazos e às garantias oferecidas, bem como ao comprometimento da receita disponível.
Anderson classificou o empréstimo como uma “negociata imoral de crédito” conduzida por Paulo Câmara, que, nestas eleições tem como candidato à sucessão Danilo Cabral (PSB), e disse que vai reavaliar, a partir de janeiro, todas as decisões que estão sendo tomadas a toque de caixa.
“Definitivamente, não há transparência em nada no que o governo do PSB faz, mas o povo do nosso estado pode contar com a certeza de que, no dia 1° de janeiro de 2023, nós iremos abrir essa caixa preta. Não se faz um empréstimo de R$ 800 milhões às vésperas de deixar o governo e ainda mais sob a condição de pior governador da história de Pernambuco”, afirmou o liberal.
Anderson reforçou que a atitude foi de grande irresponsabilidade e que a conta a ser paga vai ser deixada no colo do futuro gestor estadual. E lembrou que, até a presente data, não houve qualquer explicação por parte do gabinete do governador Paulo Câmara quanto à destinação dos recursos arrecadados pelo Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (Feef).
“Como se não bastasse todas as irresponsabilidades que se arrastam nesse governo, além de não ter moral e vergonha na cara, Paulo Câmara também não tem credibilidade junto à população para fazer esse empréstimo. Ele não tem carta branca para isso. E agora nos deparamos com mais esse presentinho, que sabe-se lá quanto irá custar ao futuro do estado. Eleito, vou responsabilizá-lo administrativa e, se couber, criminalmente por essas atitudes”, assinalou Anderson Ferreira