O Big Brother em que foi transformado a longa novela mexicana da escolha do candidato a governador pelo PSB parece que está chegando ao fim. Entre Danilo Cabral e Paulo Câmara, os últimos levados ao paredão, os indicativos são de que o eliminado será Cabral. Pelo menos hoje. Não se sabe o dia de amanhã.
Danilo não teria resistido ao bombardeio da bancada governista na Assembleia, que tem restrições ao seu nome. Primeiro, porque não atende telefone de ninguém; segundo, porque tanto na Secretaria de Educação quanto agora, na das Cidades, ignora todas as demandas políticas dos parlamentares aliados ao governador.
O para-choque de Danilo na Educação, no primeiro mandato de Eduardo, teria sido o seu então secretário-executivo Hilton Mota, seu conterrâneo de Surubim. Era Mota quem atendia todos os pleitos dos deputados, porque Danilo não tinha a menor paciência com essa miudeza da política paroquial.
Existe um núcleo no Governo, com forte influência junto ao chefe, que não tolera Danilo. As restrições ao seu nome, entretanto, não se restringem aos deputados pidões. O governador consultou alguns prefeitos aliados, do próprio PSB, e as reclamações quanto ao fato de Danilo viver com o celular desligado e ignorar as demandas municipais foram intensas.
Há uma unanimidade na base governista de que Danilo não entusiasmaria deputados nem prefeitos do próprio PSB para a campanha. Diante disso, o nome que mais ganhou densidade hoje foi o do secretário da Fazenda, Paulo Câmara, que transita bem em todos os setores da aliança oficial.
O governador, portanto, estaria nos finalmentes do processo, porque pretende anunciar o nome do escolhido na próxima sexta-feira ou, no mais tardar, no sábado. Quem vai escapar do paredão?