Paulo Câmara apesar das dificuldades ainda é o favorito …

Edmar Lyra

Eleito em 2014 na esteira de Eduardo Campos, sobretudo após o fatídico acidente que vitimou o ex-governador, Paulo Câmara teve um desafio muito grande para enfrentar que era governar um estado sem seu mentor e principalmente num momento de crise econômica que prejudicou o Brasil e em Pernambuco não foi diferente.

Paulo também enfrentou um recrudescimento da violência que já dava seus sinais no final do governo Eduardo e seguiu com João Lyra Neto. Evidentemente a violência teve como seu maior ingrediente a crise econômica que ampliou o desemprego e colocou mais gente na condição de vulnerabilidade social, mas uma coisa é perceptível aos olhos do pernambucano, que é o empenho do governador em resolver o problema. Nunca se viu tanto investimento quanto agora para a segurança pública.

Perto de findar a janela partidária, os indícios são grandes de que as modificações entre deputados estaduais e federais ocorrem apenas do ponto de vista partidário, porém a maioria dos parlamentares seguirá na base do governador porque não sente confiança em outros projetos. Já existe por parte da classe política a percepção de que o governador está melhorando as várias situações ruins do seu governo e que em junho, após a alteração do secretariado em abril, a coisa deverá estar bastante equacionada.

A oposição ao governador não se entende. Ela cada dia que se passa dá sinais de que os desejos pessoais estão acima do desejo comum de vencer a eleição, o que mostra uma união de fachada. Não há uma plataforma, um projeto, nada que justifique o eleitor insatisfeito com o atual governo trocar por um nome oposicionista. Por outro lado, o PSB segue com know-how de quem venceu as últimas seis eleições, sabendo fazer campanha como ninguém. Isso acaba impulsionando o governador a uma situação melhor.

A oposição sem unidade e sem um projeto consistente, a cada dia que se passa se torna mais frágil para enfrentar um governador que apesar de todas as dificuldades, é quem está tocando Pernambuco aos trancos e barrancos para levar o estado a mares mais calmos. A tropa do governador está sedenta para manter a hegemonia do PSB no estado, diferentemente da oposição que tem uma tropa muito menos numerosa e de difícil aglutinação e entendimento.