Mesmo sem ser um exímio articulador político como seu padrinho Eduardo Campos, o governador Paulo Câmara caminha para ter, salvo haja alguma mudança em relação ao MDB que está sub júdice e em relação ao PT caso decida por Marília Arraes, a maior aliança das eleições deste ano.
Em se considerando os possíveis partidos na sua coligação, o governador contará com MDB, PT, PP, PSD, PR e PSB, que juntos, são os maiores partidos da coligação e darão a ele um tempo de televisão bastante superior ao do seu adversário Armando Monteiro.
Em relação a coligação de 2014, a Frente Popular será um pouco menor, porém não houve nenhuma baixa significativa da sua coligação, pois PR, PP e PSD seguem lhe apoiando, o MDB também em tese continua lhe apoiando e ele ainda ganhou o reforço do PT, que junto com o PDT, compensam as perdas de DEM e PSDB que foram para a oposição.
Caso saia vitorioso, Paulo Câmara terá uma frente política muito mais orgânica que em 2015 quando assumiu seu primeiro mandato, e terá condições de montar um governo que seja mais representativo em termos da sua coalizão de forças e muito mais fácil de ser controlado, sendo mais a sua cara do que foi o que está se encerrando.
Apesar de ainda ter muitos desafios pela frente, Paulo Câmara deve chegar ao início da eleição, pelo menos do ponto de vista de força política, muito mais organizado que seu principal adversário, que ainda que tenha conquistado apoios importantes, Armando Monteiro precisará fazer uma campanha muito inteligente e eficiente para ameaçar a força política e eleitoral da Frente Popular. (Por Edmar Lyra)