Prestes a completar o quinto mês do seu segundo governo, o governador Paulo Câmara, que nunca tinha exercido nenhum cargo eletivo antes de chegar ao Palácio do Campo das Princesas, está imprimindo um tom muito mais político do que o adotado durante os quatro primeiros anos de mandato. As agendas administrativas estão muito mais frequentes, onde ele entrega ações de seu governo, e as conversas sobre política e demanda das bases estão sendo mais efetivas, de acordo com deputados e prefeitos.
Esse segundo governo, se exitoso, poderá fazer de Paulo Câmara uma liderança política ainda mais representativa, uma vez que temos apenas sete ex-governadores vivos, e dentre eles, somente Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos ainda atuam efetivamente na política, enquanto Joaquim Francisco, Gustavo Krause e João Lyra Neto já sinalizaram para o fim de suas respectivas carreiras políticas.
Paulo Câmara teve o árduo desafio de substituir Eduardo Campos que é considerado o melhor governador de todos os tempos, para piorar, seus dois governos foram de oposição ao governo federal, primeiro com Dilma Rousseff entre 2015 e 2016, depois Michel Temer entre 2016 e 2018 e agora em 2019 com Jair Bolsonaro. Isso sem dúvidas atrapalhou o governo de Pernambuco, que teve como agravante uma crise econômica e fiscal sem precedentes que obriga o governador a estabelecer prioridades restritas para cumprir com suas obrigações essenciais.
A vitória política e eleitoral obtida por Paulo Câmara em 2018 lhe deu uma chance de criar uma marca própria, uma identidade de um governo de resultados, e isso tem sido buscado a cada dia deste segundo governo, que percebeu que não basta fazer as coisas, é preciso que as pessoas percebam o que está sendo feito, e por isso a importância da presença constante do governador em diversas regiões do estado, levando obras e ações, aproximando-se dos pernambucanos e mostrando tudo o que está sendo feito. (Edmar Lyra)