Em abril, logo após surgirem as primeiras informações do esquema de corrupção da Petrobras e dois dos cabeças do grupo presos começarem a falar com a polícia, havia políticos que alardeavam aos quatro ventos de que o Congresso brasileiro iria abaixo com as denúncias. No ato do dia do trabalho, promovido pela Força Sindical em 1º de maio, em São Paulo, alguns desses políticos diziam que ao menos três dezenas de congressistas estariam envolvidos nos atos de corrupção. Até então quase nenhum nome de investigados pela Operação Lava Jato havia vindo à tona.
Em outubro, a grita comum do período eleitoral era de que mais de 70 deputados e senadores seriam implicados na rede de corrupção da petroleira. De cima de um caminhão-palanque em um ato pró-Aécio Neves, na capital paulista, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (que preside o partido Solidariedade) foi categórico: “Esse governo não vai se sustentar. Tem entre 70 e 100 deputados envolvidos com o petrolão”. (El País)