A bancada pernambucana é composta por vinte e cinco deputados federais e três senadores, dos quais dois senadores sinalizam apoio ao governo e um é oposição, enquanto quinze federais integram a base governista e dez se declaram oposicionistas.
Por integrarem a base do governo Bolsonaro no Congresso Nacional, os dois senadores e os quinze federais deverão deflagrar a partir de agora uma disputa para emplacar aliados em cargos do governo federal em Pernambuco. Órgãos como CPRM, Chesf, Codevasf, Fundaj, Metrorec, Dnocs, Dnit, Conab, são a chance de desafogar os gabinetes dos deputados federais que esperam contar com o espaço nestes órgãos.
A grande expectativa dos parlamentares se dá pela necessidade do governo Bolsonaro aprovar a reforma da Previdência, e para isso precisará de votos na Câmara dos Deputados e no Senado. Para fazer maioria, sem a prática antirrepublicana do mensalão, o governo só tem a liberação de emendas e a liberação de cargos, porque é assim que a política funciona.
Com a possibilidade de votar a reforma até maio, o governo Bolsonaro que já pagou parte das emendas recentemente, não terá outro caminho e os parlamentares pernambucanos, apesar de não admitirem publicamente, estão ávidos pelos espaços federais não só para abrigar aliados como principalmente poder contar com eles para destravar projetos e ações para suas bases nos órgãos federais. (Edmar Lyra)