O papa Francisco pediu neste domingo (21) que se encontre soluções pacíficas para que “as armas parem de ensanguentar a Líbia” e que “se favoreça o retorno” dos refugiados na Síria.
Em sua tradicional mensagem de Páscoa, seguida pela bênção “Urbi et Orbi”, o soberano pontífice também pediu “a reconciliação” no Sudão do Sul.
“Que as armas deixem de ensanguentar a Líbia, onde, nas últimas semanas, pessoas indefesas voltam a morrer e muitas famílias se veem obrigadas a deixarem suas casas”, afirmou o papa, falando da Basílica de São Pedro.
“Peço às partes envolvidas a que escolham o diálogo em lugar da opressão, evitando que se abram de novo as feridas provocadas por uma década de conflito e instabilidade política”, disse.
Os combates ganharam intensidade neste sábado, às portas de Trípoli, após o anúncio das forças leais ao governo de união nacional (GNA) de uma “fase de ataque” contra as tropas do marechal Khalifa Haftar, mobilizadas para conquistar a capital líbia.
O papa, que acompanha de perto a situação na Síria, também lamentou que o povo sírio, “vítima de um conflito que continua e ameaça nos fazer cair na resignação e até na indiferença”.
“Em contrapartida, é hora de renovar o compromisso a favor de uma solução política que responda às justas aspirações da liberdade, de paz e de justiça, à beira da crise humanitária e favoreça o retorno seguro das pessoas deslocadas, assim como dos que se refugiaram nos países vizinhos, especialmente no Líbano e na Jordânia”, acrescentou.
Além disso, o sumo pontífice voltou a pedir ao presidente sul-sudanês, Salva Kiir, e ao chefe rebelde, Riek Machar, que se comprometam com a “reconciliação da nação”.
Kiir e Mashar se reuniram há pouco no Vaticano para um retiro espiritual de dois dias.
“Que se abra uma nova página na história do país, na qual todos os atores políticos, sociais e religiosos se comprometam ativamente pelo bem comum e pela reconciliação da nação”, pediu o papa neste domingo, em sua mensagem de Páscoa. (AFP)