O papa Francisco criticou a sonegação de impostos e evasão de divisas, alegando que estes crimes, além de atos ilegais, “negam a lei fundamental da vida: o socorro recíproco”. O discurso no qual o papa criticou o capitalismo e os crimes financeiros foi feito sábado (4) durante um encontro com mil pessoas que promovem a “Economia da Comunhão” (EdC), movimento criado no Brasil.
A EdC é uma filosofia de modelo de negócios que prega o fim das injustiças sociais. “O ‘deus da sorte’ tem sido cada vez mais a nova divindade de uma certa finança e de todo o sistema que está destruindo milhões de famílias no mundo”, disse o líder católico. “O dinheiro é importante, sobretudo quando não não temos ele, e dele dependem a comida, a escola, o futuro dos filhos. Mas ele ele vira ídolo quando se torna a principal finalidade”, argumentou.O movimento surgiu em 1991, fundado pela italiana Chiara Lubich, que ficou impressionada com a desigualdade social durante uma viagem ao Brasil. Em maio de 1991, Lubich convidou empreendedores a criarem empresas que, seguindo as regras do mercado, servissem ao bem comum nas comunidades da capital paulista. O encontro com o Papa reuniu 1,1 mil pessoas de cinco continentes, inclusive do Brasil, segundo a Agência Ansa.
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