Os brasileiros vão às urnas neste domingo para eleger o próximo presidente numa eleição que, segundo especialistas, pode ser classificada como a mais polarizada da história recente do país. Se em 2014 já havia um racha entre petistas e antipetistas, agora há um abismo ideológico entre eleitores de Fernando Haddad (PT) e de Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo o americano Scott Mainwaring, professor de Ciência Política da Universidade de Harvard e autor de diversos livros sobre democracia e partidos políticos na América Latina, há uma diferença fundamental no tipo de divisão que existia na última eleição para a que vemos hoje: o surgimento do ódio e da revolta.
“A polarização em si pode ser administrada. Mas a polarização com ódio ou a polarização com atores que não respeitam regras democráticas pode ser uma ameaça à democracia e a direitos fundamentais”, disse ele em entrevista à BBC News Brasil.