O grande desafio do governador Paulo Câmara não é apenas vencer a eleição. Vencê-la é apenas o resultado da estratégia a ser adotada. O grande desafio do governador e candidato a reeleição é vencer sua própria rejeição. Tanto os políticos aliados a Paulo, como contrários e adversários dizem que o governador é aquela pessoa “tranquila, honesta e dedicado ao seu trabalho” e pronto. Paulo não é um político, e essa foi uma das dificuldades que ele já conseguiu vencer e chegar onde chegou.
Agora vem o seu segundo desafio: Vencer a grande rejeição dos pernambucanos ao seu governo. Pesquisas feitas por diversos institutos apontam uma alta rejeição ao governo Paulo que atingiu números acima de 50%. No entanto, a sua sorte é que a rejeição não se tornou em votos para a oposição, ou pelo menos ainda não, devido ao descrédito e a desconfiança do povo para com a classe política. Quando se pergunta ao entrevistado o que acha do governador e a resposta é negativa, ao ir para a intenção de votos a resposta (em sua maioria) é: “Não voto em nenhum deles”. Ora, este número chegou a ser quase que 60% no mês de abril de 2018. Para que tenha chances de ser reeleito Paulo deve conversar com esse público que não quer votar em ninguém. Pois caso esse pensamento vá pra urna, o estrago pode ser grande eleitoralmente falando.
Além deste, tem um terceiro desafio que Paulo precisa vencer: O de convencer aos eleitores o motivo de ter deixado uma grande porcentagem de suas promessas feitas em 2014 e que não foram realizadas. “A maior recessão econômica do país brecou o crescimento que Pernambuco vinha tendo desde 2007. Sem contar que após a posse de Michel Temer, os recursos para o estado foram ficando mais escassos ainda” disse-me um aliado de Paulo. Este foi inclusive uma parte do discurso de Humberto Costa que é candidato ao senado na chapa da Frente Popular.
Por último a explicação maior de Paulo é com relação ao apoio do PSB ao Impeachment de Dilma em 2016. Esperava-se que este apoio não acontecesse pois já tinha passado às eleições de 2014 e o PSB sempre foi um aliado histórico do PT. No entanto, os 34 votos do PSB na Câmara foi determinante para que Dilma fosse “impinchada”. Caso, os 34 deputados do PSB não tivessem votado pelo prosseguimento do processo, ela estaria até hoje no poder. (Blog Silvinho Silva)