De 1982 para cá, Pernambuco teve três eleições com duas vagas para o Senado em que os governadores eleitos arrastaram consigo os dois senadores. A primeira foi em 1986 quando Miguel Arraes se elegeu com os dois senadores de sua chapa: Mansueto de Lavor e Antonio Farias. A segunda em 2002, quando Jarbas Vasconcelos reelegeu-se governador com Marco Maciel e Sérgio Guerra para o Senado. E a terceira em 2010, quando Eduardo Campos renovou o mandato de governador mandando para o Senado Humberto Costa e Armando Monteiro. Teremos eleições este ano para a escolha dos substitutos de Humberto e Armando, que estão concluindo os seus mandatos. E uma particularidade já chama a atenção do mundo político: não são mais os candidatos a governador que conduzem o voto para senador.
Os prefeitos de um lado e outro estão formando suas próprias chapas, muitas vezes com um senador de um lado, e o outro do outro. Quem primeiro anunciou que não votaria nos dois senadores da Frente Popular foi o prefeito do Cabo, Lula Cabral (PSB). Um senador dele será Bruno Araújo, que pertence à coligação de Armando Monteiro. Seguiu-se o prefeito de Olinda, Professor Lupércio, que é eleitor de Paulo Câmara, mas não vota na chapa completa da Frente Popular. Seus senadores são Bruno Araújo e Mendonça Filho. Como eles dois existem muitos outros, dispostos a retribuir aos ex-ministros os recursos que receberam do governo federal, por intermédio deles, para seus respectivos municípios. (Inaldo Sampaio)