Oposição vaia Dilma durante discurso e comete gafe monumental…

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Correio do Brasil

As vaias à presidente Dilma Rousseff causaram desconforto aos diplomatas brasileiros, no exterior, em países onde uma ocorrência dessa natureza seria algo impensável, como nos EUA, França, Alemanha e Inglaterra. As apupos também receberam críticas de parlamentares que não integram a base aliada, como no caso do deputado Jean Wyllys: “Os aplausos efusivos da maioria à Dilma engoliram a fracassada tentativa da oposição de direita de iniciar uma vaia contra a presidenta”, disse o parlamentar, em sua conta no Twitter.

Em seu discurso, a presidente Dilma Rousseff defendeu, no plenário do Congresso Nacional, a aprovação da proposta que recria a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), no momento em que integrantes mau educados da oposição iniciaram as vaias. Dilma pediu a aprovação da CPMF ao ler a mensagem com as prioridades do Executivo na abertura dos trabalhos legislativos deste ano. Os aplausos, no entanto, dissuadiram os manifestantes.

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Segundo a presidente, a medida é a “melhor opção disponível em curto prazo para equilibrar a receita fiscal”. Dilma ressaltou que a proposta será debatida “o quanto for necessário” e apelou aos congressistas para que esta e outras medidas sejam aprovadas, como a Desvinculação das Receitas da União (DRU).

— Em favor do Brasil, devemos estar cientes de que, para a estabilidade fiscal de curto prazo, é imprescindível o sucesso dessas medidas. A CPMF é a ponte necessária entre a urgência do curto prazo e a necessidade de estabilidade fiscal do médio prazo — afirmou.

Enquanto lia a parte da mensagem sobre a recriação do tributo, Dilma foi interrompida por três vezes com manifestações dos parlamentares. Em alguns momentos, foi preciso acionar a sirene que pede silêncio no plenário.

— Sei que muitos têm dúvidas e até mesmo se opõem a essas medidas, em especial a CPMF, e têm argumentos. Mas peço que considerem a excepcionalidade do momento — afirmou Dilma.

Na semana passada, ao discursar na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, a presidenta já havia mencionado a “excepcionalidade” do momento para pedir “encarecidamente” apoio ao imposto.