Oposição sinaliza desarticulação para 2020 …

No ano de 2020, o atual grupo que comanda o Recife completa vinte anos de hegemonia, uma vez que PT e PSB se alternaram no comando da capital pernambucana. Apesar de os dois partidos, hoje aliados, terem duas décadas na PCR, não há um sentimento de mudança no Recife, sobretudo para quadros oposicionistas derrotados em eleições anteriores.

Além da gestão bem-avaliada de Geraldo Julio, que certamente pesará no processo eleitoral do ano que vem para manter a hegemonia do PSB, a oposição não aponta um caminho competitivo e seguro para o Recife, uma vez que seus nomes estão preocupados somente em se colocar como candidatos sem apresentar um projeto consistente para o Recife.

A oposição quer começar uma casa pelo teto, esquecendo-se da necessidade do alicerce que é construir um projeto que dialogue com o presente e o futuro do Recife, mais do que isso, que tenha exército para levar as ideias e os projetos aos recifenses. Os nomes colocados foram sumariamente derrotados em eleições passadas e nenhum deles se reinventou para se apresentar novamente ao eleitorado no ano que vem.

Mendonça Filho, por exemplo, foi derrotado duas vezes para prefeito, sendo a última tentativa em 2012 saindo com apenas 2,24% dos votos. Nas eleições de 2018 tentou, sem sucesso, o Senado,  configurando-se na sua quarta derrota majoritária. Daniel Coelho já possui duas derrotas seguidas para o PSB, tendo em 2016 menos votos do que alcançou em 2012, e em 2018 viu sua votação para deputado federal minguar de forma significativa.

Nenhum dos dois pré-candidatos citados apresenta competitividade para 2020 muito menos significa novidade para o eleitorado, porque além de terem sido derrotados em pleitos anteriores, possuem fadiga de material perante o eleitorado. Cabe à oposição a opção de apresentar nomes novos e tentar apelar para a sorte numa eleição que tem todo o desenho favorável ao PSB. (Edmar Lyra)