O anúncio oficial da pré-candidatura de Bruno Araújo a senador que ocorrerá neste sábado na sede do PSDB tem um significado muito forte para a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas, que é o de a oposição estar apresentando o que tem de melhor em seu palanque para a eleição e todos eles arriscando mandatos eletivos. Com Armando Monteiro na cabeça de chapa e Mendonça Filho na outra vaga do Senado, os três principais partidos da coligação estarão contemplados na majoritária.
Muito se falava que Bruno Araújo não teria coragem de encarar uma majoritária por ter uma reeleição líquida e certa de deputado federal e estar há quase duas décadas ocupando mandatos eletivos ininterruptos. É evidente que a disputa de senador é bola dividida para todos os candidatos, tal como a de governador, e isso denota o empenho de Mendonça e Bruno para fazer de Armando governador de Pernambuco.
Além da dúvida sobre a coragem de Bruno de entrar na majoritária, o Palácio do Campo das Princesas sempre sublinhou que a oposição não conseguiria se entender para apresentar um projeto para Pernambuco. Diferentemente das pré-candidaturas do PT e do PSB, que seguem em dúvida quanto a composição completa da chapa majoritária, deixando pra última hora a definição, a oposição só falta definir o vice-governador, que poderá ser ocupado por nomes que já integram a oposição como Fred Ferreira e Daniel Coelho ou por um nome de um partido que integra a coligação governista, como Kaio Maniçoba do Solidariedade ou Sebastião Oliveira do PR, caso decidam marchar com a oposição.
Essas definições na oposição apontam que o grupo formado em 2017 por integrantes que foram expulsos da Frente Popular pelo próprio governador Paulo Câmara está com um único desejo, que é o de vencer a eleição e acabar com a hegemonia do PSB. Apesar das discórdias ocorridas recentemente, ao que parece, com a escolha de Bruno Araújo para senador, a unidade oposicionista ficou mais firme, uma vez que se houvesse qualquer tipo de aresta, jamais Bruno entraria no páreo, indicando um nome pouco representativo para a majoritária.
No futebol a gente entende como força máxima um time que coloca o que tem de melhor no seu elenco para o jogo e conquistar o campeonato. A oposição fez isso, se ganhará o campeonato, no caso a eleição, somente o tempo irá dizer, mas ninguém pode afirmar que no palanque oposicionista existem nomes irrelevantes para o jogo, entraram todos os melhores que poderiam entrar para tentar vencer a disputa. (Por Edmar Lyra)