Oposição consegue assinaturas para CPI da Petrobras…

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A oposição reuniu ontem o apoio de 28 senadores para apresentar pedido de criação da CPI da Petrobras no Senado, derrotando por ora o governo Dilma Rousseff, que passou o dia tentando convencer aliados a não apoiar requerimento do PSDB do presidenciável Aécio Neves.  O número mínimo de 27 apoios necessários foi ultrapassado com ‘traições’ de senadores de partidos governistas e a adesão do PSB do também presidenciável Eduardo Campos (PE).

Em ano eleitoral, congressistas admitem, nos bastidores, que o pedido pode esbarrar na pressão de empreiteiras, tradicionais doadoras de campanhas, que têm contratos com a Petrobras.

 Agora, o Planalto fará uma ofensiva para que alguns senadores mais alinhados retirem as assinaturas. Caso não consiga, vai trabalhar para que a CPI seja mista (Câmara e Senado). A avaliação é que uma comissão apenas no Senado pode virar palco de campanha para Aécio.

PESSIMISMO NO PLANALTO 

Os alvos iniciais do Planalto serão os governistas Clésio Andrade (PMDB-MG), Eduardo Amorim (PSC-SE) e Sérgio Petecão (PSD-AC). O clima no Planalto na noite de ontem, porém, era de pessimismo, já que há expectativa de que outros senadores também assinem o pedido: Wilder Morais (DEM-GO), por exemplo, que está afastado do Senado, prometeu enviar seu apoio.

Pelo regimento do Senado, os senadores podem retirar assinaturas do pedido até a meia-noite do dia em que ele for lido no plenário da Casa.  A data da leitura é marcada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), aliado de Dilma, que declarou publicamente ser contrário às investigações. (Da Folha de S.Paulo – Gabriela Guerreiro, Márcio Falcão e Valdo Cruz)