Existe uma diferença imensa entre o PSB que disputou às eleições municipais no ano de 2008 e 2012 para o PSB que vai disputou 2016 e que vai disputar em 2020. Embalado pela vitória de Eduardo Campos para governador em 2006, o partido passou a ser a noiva cobiçada por inúmeros candidatos a prefeitos no ano de 2008. Se já era bom disputar pela legenda naquele ano, imagina em 2012 quando Eduardo já havia sido reeleito e gozava de uma altíssima popularidade no estado.
Em 2016, já no governo Paulo Câmara o PSB ainda era alvo de disputas de controles nos municípios. Quem não conseguia ir para a legenda queria o seu apoio. Passados quatro anos o PSB agora é o grande alvo da campanha estadual. Posso ir mais além e dizer que o partido amarga no estado a mesma rejeição que o PT amargou no país. Existe um crescimento forte de um sentimento chamado anti-PSB em Pernambuco.
Isso se deve ao fato do partido estar desde o ano de 2007 à frente do governo do estado e desde o ano 2009 da Prefeitura do Recife (Só para lembrar o Milton Coelho foi vice de João da Costa em 2008). Se formos somar os anos que o PSB apoiou o PT na administração do Recife, soma-se aí mais 8 anos de João Paulo. Com um enorme período à frente da prefeitura e do governo do estado, o partido tornou-se o alvo principal nessa eleição, tendo que inclusive abrir mão de disputas em diversas prefeituras, a declarar apoios a candidatos de outras legendas.
Além disso, o governador Paulo Câmara não está com essa “popularidade” toda e parece que a cada dia crescem mais e mais os problemas administrativos. Um exemplo: Questões salariais que renderam até mesmo denúncia contra o governo do deputado Alberto Feitosa; convocação do deputado Joel da Harpa dos policiais para irem a uma audiência na ALEPE. Estes, só vem a somar com problemas como questões das estradas, da saúde, da insegurança, do desemprego e da indústria de multas.
O PSB hoje virou mais um partido elitista do que aquele humilde partido que conhecíamos nas épocas de Arraes e Eduardo Campos. O PSB de 2020 é muito diferente do PSB de 2008. (Silvinho Silva)