Por Wellington Ribeiro – Estamos há quatro meses e meio das eleições. A disputa eleitoral só está cabeça dos políticos ou de quem trabalha com os políticos. O povo não está ligado nisso ainda, segundo todas as pesquisas de opinião. Portanto, cravar o resultado das urnas em outubro ainda é muito cedo.
Esse preâmbulo todo foi para que o nobre leitor possa constatar que o PSB não está morto, conforme querem passar a ideia os oposicionistas. Aliás, do final de semana para hoje o que se vê nos bastidores são os socialistas se organizando para ir para a guerra.
O argumento é simples: em nenhuma das eleições majoritárias no estado e no Recife que venceu desde 2006 – ganhou todas que concorreu -, o PSB largou na frente. A única exceção foi em 2010, quando o ex-governador Eduardo Campos foi para a reeleição já com mais de 60% na largada.
Naquele ano, o socialista terminou o pleito com inimagináveis 82,84%; abrindo uma frente de mais de três milhões de votos sobre seu adversário, Jarbas Vasconcelos, que dali a dois anos viria a formar uma aliança.
Em 2006, com Eduardo; 2012, com Geraldo Júlio; 2014, com Paulo Câmara e em 2022, com Danilo Cabral, o PSB largou muito atrás, com cerca de 4%, em média. O final de cada uma dessa eleição terminou com o socialista da vez eleito. Na reeleição de Paulo, em 2018, o governador largou mal das pernas mas recuperou-se e liquidou a fatura ainda no primeiro turno.
Embora o atual cenário seja singular, já que nesta eleição existem quatro nomes competitivos na oposição, não se pode subestimar a máquina política do PSB. Ainda há muita água para passar por debaixo da ponte.