O Partido Socialista Brasileiro (PSB) comanda o Estado de Pernambuco desde 2007 após aquela vitória homérica de Eduardo Campos em 2006. De lá pra cá, reelegeu o próprio Eduardo em 2010, correu por fora do PT e disparou com Geraldo Júlio em 2012 no Recife. Com a bênção de Campos consagrou Paulo Câmara como governador, reelegeu Geraldo e Paulo na sequência.
Tantas vitórias sucessivas e anos de permanência no poder cria uma rejeição natural no eleitor. A exemplo como aconteceu com o PT na esfera federal, Dilma colheu o que ela mesma e Lula plantaram no comando do país após treze anos.
Estamos às vésperas de 2020 e o cenário está se desenhando muito parecido como foi em 1998. Vamos voltar lá pra você entender. Precatórios, Arraes desgastado, Eduardo devastado. Diante disso começou as baixas na Frente Popular: Sérgio Guerra, Pedro Eurico entre outros atores. Consequentemente Arraes foi pra lona diante de Jarbas, mesmo com muitos prefeitos, porém insatisfeitos. O cenário está idêntico: sem dinheiro, sem capacidade de investimentos, sem combustível. Se Arraes lá trás com todo respaldo histórico não conseguiu conter a sangria, muito menos Paulo na atualidade.
Nesse contexto, surge Geraldo Júlio como um foguete para fazer seu voo mais alto em 2022, mas esse plano de voo só dará certo se João Campos ganhar no Recife com uma larga folga. Se tornando o combustível motriz de Geraldo.
Lembrando que o próprio Geraldo Júlio é cria de Fernando Bezerra Coelho e poderá ser um dos primeiros a pular do barco caso a eleição de João não aconteça.
Portanto, podemos concluir que o PSB terá que escolher bem se aposta suas todas as fichas que ainda restam no Recife em 2020 ou guarda uma parte para 22.
UNIÃO POR PERNAMBUCO – Dentro desse contexto poderá ser reeditada a famosa União por Pernambuco, a começar pelo próprio Jarbas Vasconcelos que não esconde de ninguém sua insatisfação. Destaque para o grupo dos Ferreiras que dominam parte da RMR, os Coelhos comandando o Sertão e os oposicionista históricos ao PSB: Daniel Coelho, Mendonça, Bruno, os Krauses e outros. Com isso, esses três principais grupos de Oposição poderão se unirem gerando um caldo grosso. (Elielson Lima)