Por Magno Martins
Faltando ainda dois anos para as eleições de 2022, a disputa para o Senado em Pernambuco vai sendo formulada em conversas de bastidores e avaliações de cenários. Diante da quase certeza de que o governador Paulo Câmara não é candidato a nada, em sua base já se movimentam de olho na cadeira de Fernando Bezerra Coelho (MDB) os deputados Silvio Costa Filho (Republicanos), André de Paula (PSD), Danilo Cabral (PSB) e Luciano Bivar, este se o seu PSL vier a entrar na aliança.
Da parte da oposição, dois dos três pré-postulantes ao Governo do Estado – Anderson Ferreira (PL) e Raquel Lyra (PSDB) – são especulados para o Senado. O nome natural deste bloco é o de Fernando Bezerra, para reeleição, mas depende da movimentação do filho, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, cotado para disputar o Governo do Estado. Fala-se, também, do ministro do Turismo, Gilson Machado Neto (sem partido), que depende da vontade do presidente Bolsonaro.
Não se sabe, ainda, se Bolsonaro investiria numa candidatura a governador, que seria o próprio Gilson, ou se aceitaria indicar o senador. Marília Arraes, em processo de litígio com o PT por ter se rebelado na disputa pela 2ª Secretaria da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, também é um nome citado para o Senado e até mesmo para liderar a chapa para o Palácio do Campo das Princesas.
Outra alternativa no campo da oposição para o Senado seria o ex-ministro Mendonça Filho (DEM), que disputou a eleição para prefeito do Recife. No caso de Silvio Costa Filho, que hoje está na base de Bolsonaro, seu nome só é ventilado como alternativa das forças no Estado lideradas pelo PSB, que detém o controle do Governo e da Prefeitura do Recife.
Silvio Costa Filho e André de Paula, aliás, são os que estão revelando mais disposição para entrar na briga pelo Senado, numa eventual chapa na qual o candidato a governador venha a ser liderada pelo PSB. Quanto a este nome, ninguém faz mais tanta fé que seja o ex-prefeito Geraldo Júlio pela herança maldita que deixou para João Campos e os desdobramentos imprevisíveis dos processos que responde na Polícia Federal.
Candidato natural à reeleição, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) entra sempre na discussão dos cenários como alternativa para fechar a chapa do PSB, fazendo, neste caso, a travessia do bloco de oposição para o da situação. Mas com quem tem conversado sobre 22, FBC revela forte disposição de ir à luta em favor da consolidação do nome do seu filho Miguel ao Governo do Estado. Os que conhecem mais de perto o senador dizem que não seria conveniente para ele, a esta altura da vida, voltar a se compor com o PSB, deixando escapar das mãos um projeto viável, desde que bem costurado, no caso a candidatura Miguel ao Palácio das Princesas.